Quando eu me preparava para o vestibular, algo que exige que se esteja bem atualizado, minha rotina incluía assistir a um ou dois telejornais diariamente, passar na biblioteca para ler os jornais umas duas vezes por semana, ler uns dois livros por mês e a minha revista Superinteressante. Não dava pra saber de tudo, mas era muito mais que a maioria das pessoas fazia e eu já achava bastante. Isso foi há cerca de 16 anos.
Hoje em dia, o número de informações que recebemos diariamente é muitíssimo maior e a maior resposável por isso é a internet. Além dos meios tradicionais, como rádio e TV, que a tecnologia trouxe cada vez mais perto (dá pra ver TV do celular, que, aliás, é outro meio de informação que te acompanha), outras formas existentes de fazer a informação chegar ate nós, a todo instante.
Seja através de contas de e-mail, twitter, MSN, sites de relacionamento, feed RSS que, além da informação em si, ainda trazem links para mais textos, vídeos e músicas, somos soterrados por megas e megabytes de informação todos os dias, o que nos dá uma sensação horrível de angústia e ansidade.
É óbvio que não podemos absorver tudo o que nos chega, muito menos tudo o que está disponível, do mesmo modo que nunca veremos todos os filmes legais da locadora.
A questão principal deste post é, dentre tudo o que nos chega diariamente, como separar o que nos é realmente importante? Sobre o que realmente devemos parar para refletir e o que devemos lembrar? Sim, porque com o número muito grande de dados chegando, o nosso cérebro começa a esquecer ou ignorar informações pra não entrar em curto.
Se eu sigo alguém no twitter, é porque ele tem algo a dizer que me interessa. O que não quer dizer que tudo o que a pessoa escreve me interessa ou que me interessa no momento que eu vejo. E por mais que eu queira filtrar, acaba sobrando um trabalho manual/cerebral para analistar as tuitadas e separar o joio do trigo.
Se eu abro um portal de notícias, sempre acabo vendo muito mais coisas, que devem ser esquecidas no momento seguinte, para achar e ler algumas matérias que me são interessantes, das quais provavelmente uma ou duas devem ser comentadas ou analisadas mais calmamente.
E isso vale para e-mail, orkut, MSN (e seus infindáveis avisos sobre atualizações dos seus amigos) e todas as outras ferramentas que usamos para receber e enviar informações.
Deve ser por isso que gostei do programa Fences que, com um duplo-clique na tela, esconde todas as dezenas de ícones que deixo espalhados no desktop. Deve ser por isso que às vezes sinto que tem coisa demais pulando, apitando, chamando, pedindo alguma atenção, quando o que eu só quero é ler um e-book. De vez em quando, menos é mais.
Podemos organizar, filtrar, classificar, gerenciar, mas não dá pra se livar do excesso de informações. Não sem correr o risco de se tornar um eremita tecnológico. Não para pessoas como eu, quem vivem de tecnologia.
Acredito que as gerações futuras saberão lidar melhor com a grante quantidade de informação disponível, até porque é algo inevitável e não dá pra negar que isso também tem pontos positivos. Até lá, vamos lidando do jeito que dá, cuidando da nossa ansiedade, perda de memória e insônia.
PS: Tive a ideia desse post bem antes do assunto ser capa da Info de dezembro, a qual eu recomendo a leitura. E, pelos exemplos que li lá, a quantidade de informações que eu lido ainda é muito pequena perto da de outros profissionais.
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Muito, muito bom o seu post!
ResponderExcluirO que tenho feito é assinar/seguir apenas coisas mais importantes e pouco "tagarelas". Por isso acabei de cancelar o feed do byte que eu gosto. E eu gosto, mesmo! Tem coisas realmente muito interessantes lá, mas em uma semana publicou 41 artigos, enquanto que o Geringonças e Gambiarras publicou apenas 6. Não posso dizer que um é melhor do que o outro, porque são conteúdos diferentes para públicos diferentes, mas posso dizer que o Geringonças traz informações que, para os meus interesses, são mais úteis. Assim o Geringonças me passa paz, simplicidade e utilidade. Ver muitas coisas vai contra minha filosofia de "produza mais e assista menos".
E sugiro a quem publica em blogs, twitter etc.: simplifique a vida dos seus leitores escrevendo menos. Claro que há público para todos os gostos, mas o autor deve ter em mente que muitas pessoas não terão tempo para ver muitas publicações. Então defina seu público e escreva na medida que achar apropriado.